Cearenses conquistam medalhas de ouro, bronze e prata na 50ª Olimpíada Internacional de Química
Equipe brasileira que trouxe o recorde de medalhas para o nosso país (Foto: Divulgação)
Três estudantes cearenses, naturais de Fortaleza, conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze na 50ª Olimpíada Internacional de Química. Ivna de Lima Ferreira Gomes, de 17 anos, conquistou a medalha de ouro, junto a Vinícius Figueira Armelin, 16, de São Bernardo do Campo (SP). Os dois estudantes garantiram, juntos, o primeiro ouro brasileiro na história da Olimpíada Internacional de Química.
Contribuindo para que o Brasil alcançasse o seu melhor desempenho na história de todas as modalidades de olimpíadas científicas, o estudante João Víctor Moreira Pimentel, 16 anos, e Orisvaldo Salviano Neto, 17 anos, trouxeram para o Brasil medalhas de prata e de bronze, respectivamente. Ambos, de Fortaleza, integraram a equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Química de 2017.
A cerimônia de entrega das medalhas foi realizada na Casa Rudolfinum, sede da Orquestra Filarmônica da República Checa, neste sábado (28), e contou com a participação da Ministra da Educação, Juventude e Esportes da República Checa, Karolína Gondková; do Reitor da Universidade de Química e Tecnologia de Praga, Karel Melzoch; e da Vice-reitora da Comenius University de Bratislava, Zuzana Kociová.
Interesse pela ciência
Ao todo, foram premiados 198 estudantes - 95 com medalhas de bronze; 65 com prata; e 35 com ouro. Dez jovens receberam menções honrosas por desempenhos específicos.
Segundo os líderes da equipe brasileira, José de Arimatéia Lopes, Reitor da Universidade Federal do Piauí, e Fabiano Gomes, professor Doutor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, esta é a coroação de um trabalho árduo, que exige extrema dedicação e muitas horas de estudo diário.
Conforme Arimatéia, como é conhecido entre seus pares, “a Olimpíada de Química tem sido uma ferramenta altamente eficiente para cativar o interesse científico de jovens brasileiros, que, medalhistas, tornam-se uma referência positiva para todos os demais estudantes. Estamos muito orgulhos de nossa equipe e dessa conquista grandiosa para o país”, afirma o Reitor da UFPI.
"Desempenho inédito"
De acordo com Daniel Lavouras, diretor do Instituto Vertere, que fomenta Olimpíadas do Conhecimento no Brasil e patrocinador da Olimpíada Brasileira de Linguística, um desempenho inédito como este pode chamar atenção de mais alunos e professores para o poder das Olimpíadas do Conhecimento. "As Olimpíadas do Conhecimento tem potencial para ser um grande catalisador da transformação da educação brasileira. Eventos como o que presenciamos hoje em Praga são extremamente motivadores e os alunos olímpicos voltam ao país como multiplicadores da experiência vivida. Nossos medalhistas tornam-se uma referência para os demais estudantes", comenta.
Os 304 estudantes de 76 países, organizados em times de quatro, foram foram submetidos a provas prática e teórica individuais, cada uma com duração de 5h30min. O teste prático contou com três exercícios - síntese de composto orgânico; análise química de água mineralizada característica da região e uma questão de cinética química. A prova teórica contou com oito exercícios enunciados em uma brochura que continha 57 páginas.
Este ano, a Olimpíada Internacional de Química foi realizada em dupla sede - nas cidades de Bratislava (SK) e Praga (CZ). A motivação para a escolha de dupla sede está relacionada ao início de tudo: a primeira Olimpíada Internacional de Química, realizada em 1968, foi na extinta Tchecoslováquia, que, em 1993, dissolveu-se pacificamente dando origem à Eslováquia e à República Checa.
Também em Praga, acontece a Olimpíada Internacional de Linguística, iniciada em 26 de julho com término nesta segunda-feira (30). Nesta competição, o Brasil é representado por oito alunos de duas equipes e a expectativa de novas medalhas também é grande.
Fonte: Diário do Nordeste
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