Polícia fecha laboratório com mais de 90 Kg de drogas entre maconha, crack e cocaína em Juazeiro

Diassis, sua irmã “Cícera Fuzil”, o esposo dela “Zé Ivan” foram presos na chácara e Caio Henrique na Praça Padre Cícero (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Em 01/03/2017 às 16:00


Uma apreensão recorde de drogas foi feita na manhã desta quarta-feira de cinzas numa chácara perto do Parque Ecológico das Timbaúbas, onde funcionava uma espécie de laboratório de substâncias entorpecentes em Juazeiro. O trabalho dos militares da Polícia Ambiental resultou nas prisões de quatro jovens e apreensão de 96 tabletes de maconha pesando cerca de 80 Kg da “erva”, mais 4 Kg de pasta base de cocaína, outros 4 kg em pedras de crack e 2,5 kg de cocaína prontos para a comercialização.

A polícia soube que na chácara situada na Rua Francisco Firmino de Lavor (Bairro José Geraldo da Cruz) tinha armas de grosso calibre, muitas drogas e aves silvestres quando uma patrulha comandada pelo Sargento Sobreira com o apoio dos Cabos Rodrigo e Felipe e do Soldado André foi lá. De cara, encontraram um papagaio e adentraram o imóvel com a permissão dos proprietários no caso Cícera da Silva Figueiredo, de 33, a “Cícera Fuzil”, e seu esposo José Ivan Gomes da Silva, de 28 anos.

Quando faziam buscas, a campainha tocou e era o irmão dela, Diassis Alberto da Silva, de 23 anos, que mora em Juazeiro e trazia outra prensa de maconha além das duas que já tinham sido encontradas na chácara junto com balanças de precisão. Em áreas onde a terra parecia revirada, os policiais encontraram as drogas enterradas dentro de um tonel. Na residência, recolheram ainda dois revólveres, sendo um calibre 38 e um Magnum calibre 44, bem como colete balístico e o tanque de uma moto Honda CB 300 de cor branca.





Parte das drogas apreendidas em poder do trio e que seria levada para Aiuaba (Foto: Reprodução/Redes sociais)


No telefone de um dos acusados soou a campainha do whatsapp quando um PM passou a trocar mensagens após descobrir que se tratava de um comparsa. Este dizia que já estava aguardando as drogas que levaria para Aiuaba e marcou um encontro na Praça Padre Cícero no centro de Juazeiro sem saber que do outro era a polícia. Quando a patrulha chegou não foi difícil a identificação até por conta da foto que os policiais já tinham visto e Caio Henrique de Sá Alexandre, de 25 anos, terminou preso.

Ele mora em Aiuaba e há sete dias ganhou liberdade da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri, onde permaneceu sete anos cumprindo pena por um homicídio em Aurora. O quarteto foi levado para autuação em flagrante pelo Delegado da Polícia Federal, Antonio Clidemir da Silva. A ação da Polícia Ambiental faz parte do contexto de liberdade de trabalho dada pelo Capitão Pinheiro, Comandante da CPMA, por meio de ações planejadas que já resultaram nas apreensões de muitas armas e até drogas como foi o caso.

HISTÓRICO – “Cícera Fuzil” já tinha sido presa em janeiro de 2012 tentando introduzir material ilícito para o interior de um dos cárceres em Juazeiro. Já no dia 26 de outubro de 2012 voltou a ser presa numa casa na Rua Perpetua Carneiro da Cunha (João Cabral) juntamente com Samuel Ferreira da Silva, de 23, Silvana Barbosa da Silva, de 23, e Eliane Feitosa Alves. No imóvel, a PM encontrou 49 gramas de maconha, 58 de cocaína, seis celulares, uma balança de precisão e um caderno de anotações.

Já seu esposo Zé Ivan foi preso no dia 1º de fevereiro de 2013 após acidente com um Corolla, na rodovia entre Tauá e Arneiroz, no qual estavam ele e outros dois. Dentro do carro acidentado e abandonado, os PMs encontraram ferramentas suspeitas como pé de cabra, marreta, chave de grife, alicate de pressão e outras. Pouco depois, na estrada que liga Aiuaba a Antonina do Norte, a polícia interceptou um taxi Fiat Doblô no qual estavam dois deles com três armas de fogo em duas bolsas.

O taxista fazia a corrida com duas mulheres e estas autorizaram que desse carona a Valnei, de 18, residente em Campos Sales, e Zé Ivan, que morava na Rua Sebastião Mariano (Tiradentes) em Juazeiro. O taxista e as mulheres ficaram surpresos quando os PMs vasculharam as bolsas e encontraram dois revólveres calibres 32 cada um com seis cartuchos intactos e mais uma pistola bersa thunder calibre 380 com cinco cartuchos intactos. A dupla informou que o outro comparsa estava internado no Hospital de Acopiara.

Por Demontier Tenório
Miséria.com.br